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CURIOSIDADES DA NOSSA FREGUESIA DE MONSARAZ

MAIS UMA CURIOSIDADE SOBRE A NOSSA FREGUESIA MONSARAZ

A RIBEIRA DA PEGA JA CORRE(2021)

Pequena grande ribeira que atravessa toda a nossa freguesia – pequena porque nascendo junto ao Baldio e desaguando no Azevel, a montante do moinho das Piteiras (ou do Ti Zé Luis), não deverá ter uma extensão muito mais que 10 km. - Grande porque apesar do seu pequeno percurso, são muitas as referências á Pega, desde o moinho existente junto á sua foz com o Azevel, á enigmática rocha do Demo, que chegou ate aos nossos dias envolta em algum mistério e misticismo, de que falarei detalhadamente um dia destes noutra publicação.

Falar da Pega é recordar o enorme número de férteis hortas, que existiam junto ao seu curso, e que abasteciam a nossa freguesia dos mais variados legumes e frutas.

Guardo na minha memoria de infância, as minhas deambulações pela Pega feitas de fisga na mão e algibeiras cheias de abrunhos.

Não podemos falar da Pega sem falar dos seus pontos de passagem, (PORTOS) que muitos dos conterrâneos tinham que transpor pelas mais diversas razões, para chegar a sede do concelho e freguesia, ou irem á escola, fazerem os batizados, os casamentos e os funerais, sabe-se lá quantas e quantas vezes tiveram que molhar os pés para chegar a Monsaraz, principalmente as gentes da Barrada e dos Motrinos,  já que as pontes existentes, Ponte Romana ou da Pega e Ponte dos Frades, mais serviam as gentes do Outeiro e as que passavam á nossa freguesia a caminho de terras do Alandroal, Terena ou Vila Viçosa.

Não resisto a contar um pequeno episodio que tem passado de geração em geração e que pode ilustrar um pouco a importância da Pega.

Conta-se que um dia um funeral vindo dos Motrinos chegou á Pega e esta levava uma boa cheia, então andavam com o caixão Pega abaixo Pega a cima á procura do melhor porto de passagem, até que se houve uma voz vinda de dentro do caixão que dizia: “vejam lá bem, olhem que eu costumava passar mais acima” claro que a debandada foi geral e o funeral acabou ali.

“Foto e texto Isidro Pinto”


SAUDOSO GUADIANA


Hoje quando caminhava junto às águas do Alqueva, veio-me à memória fevereiro e março de 1979. Quando o Guadiana corria turvo e caudaloso, empurrando para um descanso forçado os moleiros, que em alguns casos não fossem os redemoinhos à superfície, ou alguma das referências de margem, perdiam completamente o norte aos seus moinhos naquela imensidão de água. Leva uma bela cheia, ou já tem os moinhos todos tapados, eram expressões muito próprias da época
As cheias eram também o renovar de um ciclo tão necessário ao equilíbrio de todo o ecossistema, as cheias traziam nutrientes que fertilizavam as terras e renovavam a água das lagoas, levando também os detritos indesejáveis depositados nas margens, era podemos dizer, um mal necessário que muito contribuía para um renovar de vida.
Eram as águas turvas e caudalosas, época de excelência dos guitos e das cordas iscados com lesmas, quantas e quantas vezes a subida das águas era de tal ordem, que apenas com o passar da noite se transformava a euforia em frustração, aquela piorneira onde tinhas prendido a corda, quando chegavas de manha já lá não estava, demorando por vezes vários dias até que as águas descessem e conseguisses recuperá-las. Era também com as cheias a época de ouro das Bogas, (hoje em extinção) quando a foz do Azevel se estendia até ao moinho do Coronheiro, não era necessário tarrafa ou qualquer outro apetrecho de pesca, as Bogas subiam em tão grande quantidade pelos pequenos ribeiros, neste caso o do Coronheiro, que se apanhavam à mão, bastando para tal fazer um feixe de esteva com o qual se lhe cortava a passagem e assim se apanhavam as que queríamos e quantas queríamos, escolhiam-se as mais gordas porque estavam cheias de ovas.
Referi atrás o ano de 79 que por razões familiares me ficou na memória, recordo que esse ano, connosco foi também o Ti Cacharamba e a sua respetiva burra, as Bogas no ribeiro do Coronheiro eram tantas que depressa enchemos uma saca que fizemos chegar ao Ferragudo na Burra do Cacharamba, na maioria das vezes distribuíamo-las gratuitamente pelos vizinhos, sendo as sobras para fritar nas tabernas para o petisco.
AINDA HOJE RECORDO O SABOR DAS OVAS FRITAS.
" Texto.
Isidro Pinto
Fotos. Net"





FONTE DO ZAGAL OU FONTE DA HORTA DO ZAGAL



Situada a meia encosta para poente, daquilo que terá sido a horta do Zagal, fica esta pequena fonte de construção simples, mas que, à semelhança de muitas outras espalhadas pelos nossos campos, foi de primordial importância, para todos aqueles que demandavam os campos, principalmente pastores e trabalhadores agrícolas.
Parabéns
à família Ferro, por ter recuperado este património que sendo seu, faz parte das memórias de muita gente e da identidade desta terra. Se me permitem, para eles deixo aqui alguns apontamentos dos meus humildes conhecimentos. Se atendermos à orografia do terreno, não me espanta que essa zona se chame Zagal, remete-nos o dicionário, para pastor ou aquele que guia o gado, como tal, Zagal seria terra do pastor ou cabeço do pastor, quanto aquilo que ainda hoje se conhece a delimitação e que seria a horta do Zagal, pela recolha que desde à uns tempos a esta parte venho fazendo, sobre a história da nossa terra, posso dizer-lhe que a ultima pessoa que plantou e cuidou da horta do Zagal, foi o Ti Salvador, guarda fiscal reformado e sogro do ainda conhecido de muitos nós o Sr. Tiófilo, mas antes dele terá sido durante alguns anos, o Ti Serafim, pai do Ti Manel Serafim com alguns descendentes ainda entre nós.
É sempre gratificante por mais simples que ele seja ver o nosso património recuperado. Obrigado Graça Ferro e Francisco Ferro.
“Texto e Foto de Isidro Pinto”

               MONTE DAS MATAS


Situado a Sul de Monsaraz e muito perto do monte do Cortiço, do Montes das Janelas, do Monte das Beatas, e do Monte Sousel é á semelhança de muitos outros um monte de ruinas que outrora já tiveram vida. De construção tipicamente Alentejana onde a taipa é predominante, tal como se pode ver nas fotos têm anexo o Forno para cozer o pão, assim como o chiqueiro para o porco, cuja pia em pedra continua ali para nos avivar a memória da importância de estas estruturas no Alentejo de outros tempos. Goza de privilegiada vista para o Castelo de Monsaraz.





HORTA DAS FONTAINHAS


Nome sobejamente conhecido de todos os Montesarenses, situado num profundo vale na encosta Sueste de Monsaraz chegou até aos nossos dias integrada no vastíssimo património da família Rosado Fernandes, tendo sido em consequência disso posto de trabalho ou permanência de alguns Montesarenses, se a memoria me não atraiçoa o último que lá viveu foi o Ti Caldeiranito.
Alguns dados sobre as Fontainhas.
Em 7/11/1580 Manuel Beirão comprou a Manuel Gonçalves (este o tal rico vaqueiro de Monsaraz que deixou em testamento os dotes de casamento para as raparigas órfãs do termo de Monsaraz) a herdade do Monte Novo e a Horta das Fontainhas.
Em 7/6/1615 o mesmo Manuel Beirão deixou em testamento a Herdade do Monte Novo e a Horta das Fontainhas a sua filha Francisca Vaz Limpa de Lacerda.
Em 25/8/1662 Francisca Vaz Limpa de Lacerda deixou em testamento a seu sobrinho Álvaro Carrasco Quintas a Herdade do Monte Novo e a Horta das Fontainhas.
Em 1694 Martinho Carrasco Pimenta deixou em testamento a seu sobrinho Rodrigo Pereira De Alcântara a Herdade do Monte Novo e a Horta das Fontainhas.
Em 4/4/1751 Brites Joana de Almeida e seu filho Rodrigo Limpo Pereira venderam ao Reverendo Desembargador Tomás José Meneses e Sousa a Herdade do Monte Novo e a Horta das Fontainhas.
Em 8/10/1906 Augusto Correia Saramago vende a Joaquim Filipe Piteira Fernandes a Horta das Fontainhas pela quantia de 850 mil Réis
Em 4/4/1918 Joaquim Filipe Piteira Fernandes arrenda a Francisco Segurado Galego a Horta das Fontainhas por um período de 4 anos com uma renda anual de 50 escudos.
Obrigado amigo Correia Manuel pela sua preciosa colaboração na recolha de todos estes elementos.






Poço das Zurreiras


A água foi e será um recurso natural essencial à vida, por isso desempenhou um papel importantíssimo na fixação das populações. Poço das Zurreiras, entre o Convento da Orada e o Outeiro. 




A CASA DA RODA




A CASA DA RODA
A poucos metros do largo de S. Bartolomeu e na ladeira a que deu o nome, encontra-se a Casa do Berço vulgarmente designada por Casa da Roda. Antes da roda as crianças eram geralmente abandonadas á porta das igrejas, lentamente foi-se introduzindo o uso de as abandonar nas rodas. Estas consistiam em cilindros giratórios, abertos num lado e colocados verticalmente. Neste engenho tao propicio ao anonimato começaram a ser abandonadas as crianças a partir do século XVI, costume esse que foi generalizado até que D. Maria I o reconheceu oficialmente por circular em 24 de Março de 1783. Ao exposto era atribuído o nome do santo venerado nesse dia. Nenhum inquérito se fazia par averiguar o nome dos pais, mas, em qualquer altura estes podiam reclamar os filhos. Para identificação guardava-se e registava-se tudo o que as crianças traziam. Até aos 7 anos os expostos eram entregues às amas, após esta idade regressavam á casa onde permaneciam até aos 12 anos altura em que eram entregues como criados a quem lhe pagasse melhor soldada.


Fonte: Monsaraz em fotos
O Município de Reguengos de Monsaraz vai ter centro de acolhimento turístico na vila medieval de Monsaraz. Casa da Universidade de Évora e Casa da Roda adaptadas para acolher turistas. A autarquia candidatou o projeto “ Centros de acolhimento turístico e interpretativos de Évora e Alentejo central” focando a vila medieval de Monsaraz como principal núcleo de interesse turístico do concelho. A casa da Roda será adaptada a centro de acolhimento turístico de Monsaraz e vai transmitir aos visitantes a memória histórica e cultural do edifício que recolheu durante alguns séculos as crianças abandonadas de Monsaraz.
Fonte: Camara Municipal de Reguengos de Monsaraz

NOTICIA JÀ ANTIGA 23 de Março de 2017.
 
Texto e fotos . Monsaraz a Caminhar

"Texto e fotos de Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar






Recortes da história da Villa de Monsaraz e de suas Gentes de outrora



Casa da Inquisição em Monsaraz
A Comunidade Judaica na Villa de Monsaraz
Quando pensamos que, a comunidade judaica chegou à Villa de Monsaraz a partir de 1492, após a sua expulsão em grande escala da vizinha Espanha, não foi bem assim! Então vejamos:
A vila histórica de Monsaraz, é hoje, um dos mais preservados e turísticos centros urbanos de Portugal.
A vila muralhada possui quatro portas ( Velha, Évora, El-Rei D. Dinis e da Traição ), sendo esta última que permite o acesso direto à antiga judiaria de Monsaraz!
O bairro hebreu é anterior às medidas de povoamento encetadas por D. Dinis e encontra-se estruturado de forma envolvente à Rua de Santiago. Existem provas documentais da existência da judiaria de Monsaraz patentes no Foral do rei D. Afonso III datado de 1276.
Já do tempo da Inquisição, está recuperada a casa com as armas do Stº. Ofício e onde se teria concentrado a acção dos familiares desse nefasto tribunal. Situa-se precisamente no enfiamento da rua de Santiago e permitia a visualização quase completa do que se passava nesse arruamento.
Cerca de 54 processos instaurados contra montesarenses estão hoje registados nos arquivos históricos portugueses.
Percorrendo as brancas e inclinadas ruas de Monsaraz, deparamo-nos, para as bandas da alcáçova, ao fundo da Rua de Santiago, com uma casa de dois pisos, com painel azulejado entre duas janelas de cantaria, que a tradição local afirma ter sido um tribunal da inquisição.
Não foi, de certeza, um tribunal da Inquisição, porque o pequeno burgo de Monsaraz nunca possuiu semelhante desígnio. Julgamos que o “edifício da Inquisição” em Monsaraz tenha apenas funcionado como albergue de um familiar do Santo Ofício ou, quanto muito, como estadia temporária de acusados. Seja como for, foram vários os naturais / residentes de Monsaraz que conheceram in locu as adversidades do Santo Tribunal. A sua história, os seus nomes e os seus crimes serão divulgados neste espaço – chamado de Casa da Inquisição –, um espaço de sensações, vocacionado para todos compreenderem os horrores que estes homens e estas mulheres vivenciaram ao não abdicarem das suas mais profundas crenças.
São várias as fontes que nos indicam, com alguma precisão, a existência de provas documentais e arqueológicas que atestam a subsistência de uma próspera comunidade judaica em Monsaraz. Por isso, parece-nos que a Casa da Inquisição seja, não só um lugar onde possa confluir essa informação, mas sobretudo, seja geradora de ideias para a interpretação e entendimento da nossa história e das suas gentes, enquanto produto e memória. Será, sem dúvida, um elemento dinamizador do concelho e congregador de uma nova dinâmica histórico-cultural. Será, então, um lugar de memória … e um lugar de futuro.
In: CM de Reguengos de Monsara



Apontamentos sobre o Convento da Orada





Só para complementar o que o nosso prezado membro e amigo Correia Manuel publicou sobre o Convento da Orada, eu diria que estas são as ruinas ainda existentes da primitiva igreja e do primitivo convento, senão vejamos . Dizia o padre, Manuel Gomes Cunqueiro em 1758  que: era a Sra da Orada uma Ermida desta mesma freguesia de Sant-Tiago; é a imagem desta soberana ser obra de pedra, é perfeitissima e de grande devoção, a quem costumam suplicar comtinuamente os fiéis as suas necessidades.             PRINCIPIOU O CONVENTO MUITO PEQUENO COM A TAL ERMIDA, DEPOIS FIZERAM UM CONVENTO  GRANDE DE IMEDIATO  AO OUTRO PARA A PARTE NASCENTE, E UMA EXCELETE  IGREJA PARA O QUE  CONCORREU O MEU ANTECESSOR Prior Manuel Soeiro de Morais.



Memórias Paroquiais de São Tiago - Monsaraz 1758

Inquérito nº 10

10 - Se tem Conventos e de que Religiosos, ou Religiosas, e quem são os seus Padroeiros?

R - "No fim do Monte para a parte do Norte já na planície tem esta Vila um Convento de Religiosos descalços de Santo Agostinho o qual fundou o venerável Padre Fr. Manoel da Conceição na Era, como se pode ver no Santuário Mariano = Verbo = Senhora da Orada, composto por um Religioso Agostinho  descalço de que eu me lembro ler, porém em esta ocasião até ao presente não o pude alcançar, a que vulgarmente chamam Frades da Orada, porque o Orago da Igreja é Nossa Senhora da Orada, que era uma Ermida  desta mesma Freguesia de São Tiago. É a imagem desta soberana Senhora de pedra. É perfeitíssima e de grande devoção a quem costumam suplicar continuamente os fiéis em suas necessidades.

Principiou o Convento muito pequeno com a Igreja da tal Ermida: Depois fizeram um Convento quase imediato ao outro para a parte da Nascente e uma Igreja para que concorreu o meu antecessor o Prior Manoel Joeyro de Morays, com todo o custo que fizeram os oficiais e serventes na fabrica (construção) da tal Igreja em 28 de Agosto de 1747, tresladaram o Santíssimo Sacramento e Imagens dos Santos para a nova Igreja.

Tem a dita Igreja cinco Altares e uma grande Tribuna na Capela Mor todos entalhados, mas só no Altar do Senhor da Boa Morte há pedras fingidas e guarnecidas de ouro.

No Altar maior está a Senhora da Orada num grande Nicho , que já está dourado.

O primeiro Altar colateral da parte do Evangelho que está logo imediato ao arco da Capela Mor é de Santa Rita a qual está num Nicho no meio da Capela. O segundo do mesmo lado é do Senhor da Boa Morte o qual está fechado num túmulo e por fora tem estas letras =VP= "Vivant Pure": O terceiro é da parte da Epístola e corresponde este a Jesus e Maria José que também estão em outro Nicho no meio da Capela: O quarto é do mesmo lado, que corresponde a Santa Rita é do Santíssimo Sacramento. (Falta o quinto).

Padeceram de grande ruína em todos os dormitórios e Claustro deste Convento pelo Terramoto, especialmente o dormitório do meio, das seis Celas foram todas reedificadas, porém o grande zelo do Padre Fr. Francisco de Santa Rita Prior atual, fez que logo não se reparasse toda a ruína dos dormitórios, mas mandou fazer entalhados para todas as Capelas e um excelente Trono de Talha à Tribuna.

De frente para a Igreja para a parte do Poente está um chafariz em que lança água pela boca e da cabeça de pedra, que vem de uma Fonte que está na fralda do Monte para a parte do Nascente chamada os Poços Novos, da qual se utilizava o Povo e a Câmara desta Vila por uma escritura pública fez mercê à tal comunidade para que se pudesse utilizar das sobras da água daquela Fonte ficando ela patente para toda a gente em um Lugar em que está patente foi feita Escritura com a Era de 1684. Não tem Padroeiro particular este Convento, mas tem a proteção Real nascida da Benção de Dom Pedro II e da Senhora Dona Luísa de Gusmão."

16 de Junho de 1758

Prior Manoel Gomes Cunqueiro Velho

Paróquia de São Tiago - Monsaraz

"Texto Correia Manuel" para Monsaraz a Caminhar

Apontamentos sobre a aldeia dos Morrinhos e a sua igreja



Memórias Paroquiais de 1758 - São Tiago - Monsaraz
Vejamos o que escreveu o Prior da Paróquia de São Tiago - Monsaraz, Prior Manoel Gomes Cunqueiro Velho, nas Memórias Paroquiais - Inquérito nº 13, na resposta ao Marquês de Pombal em 16 de Junho de 1758, quando descreveu as Igrejas, Capelas e Ermidas da sua Paróquia:
"Tem mais outra Ermida imediata na Aldeia dos Motrinos, da Senhora do Monte do Carmo, a qual mandou fazer o meu antecessor Prior Manoel Joeyro de Morais com recursos dos moradores da mesma Aldeia e vizinhança, porém ele pagou todo o custo que fizeram os oficiais e serventes, cuja obra foi feita na Era de 1750, onde há missa todos os Domingos e dias Santos, aqui pagam os moradores da mesma Aldeia e da Barrada e mais os vizinhos do campo e tem esta Ermida uma Tribuna com seu Trono a qual toda está no entalho de pedras fingidas e guarnecida de ouro em que está a Senhora, cujas obras foram feitas depois com esmolas dos mesmos moradores e vizinhos: Festeja-se aquela Senhora a dezoito de Setembro dia do seu nascimento.
Deixou o mesmo Prior para a Fabrica duas moradas de casas e do seu dinheiro compraram duas vacas, as quais sempre andarão na Coutada desta Villa para que com o produto delas se ornasse a Igreja"

"Texto de Correia Manuel" para Monsaraz a Caminhar


VOCÊS SABIAM QUE OS MOTRINOS EM 1758 ERA A ALDEIA DA NOSSA FREGUESIA QUE TINHA O MAIOR NUMERO DE HABITANTES.  

" Esta paróquia têm dentro da vila na declinação do monte para poente, 4 aldeias a saber: Aldeia do Telheiro, que têm 29 vizinhos e 80 pessoas obrigadas ao rol de confissão a Aldeia do Outeiro que tem 45 vizinhos e 127 pessoas, a Aldeia da Barrada que conta com 20 vizinhos e 80 pessoas e a Aldeia dos Motrinos que têm 45 vizinhos e 149 pessoas."   Fonte: Memórias paroquiais de S. Tiago, escritas em 16 de junho de 1758 pelo padre Manuel Gomes Cunqueiro Velho

"Texto e foto Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar

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