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MONSARAZ A NOSSA FLORA


MONSARAZ A NOSSA FLORA 


A MALVA
A Malva é originária das regiões temperadas, subtropicais e tropicais de Africa, Ásia e Europa. Na Península Ibérica é muito abundante e pode-se encontrar nos caminhos, nas zonas baldias e em terrenos secos. As Malvas são plantas perenes que se mantem verdes durante todo o ano. Podem chegar a medir um metro de altura pelo que são consideradas ervas. Apresentam uma base lenhosa, com caules eretos. As folhas são inteiras com 5 a 7 lóbulos pouco pronunciados. As Malvas florescem no Verão. As flores variam de cor de acordo com a espécie a que pertencem, há variedades que são cor de rosa, outras amarelas e outras são brancas. Talvez não saiba, mas as espécies que fazem parte deste género vegetal apresentam diferentes propriedades que se consideram benéficas para a saúde devido aos seus princípios ativos que são: Taninos, Mucilagem, Malvina e Vitaminas A, B1, B2, e C. As Malvas têm propriedades Anti-Inflamatória, Laxantes, Cicatrizantes, Calmantes, Digestivas e Expetorantes. Também se empregam no tratamento de feridas, chagas, e picadas de insetos. Quem não conhece a velha expressão. O RABINHO LAVADO COM AGUA DE MALVAS
Muito abundante em toda a zona envolvente a Monsaraz
Fonte: Internet
Foto: Isidro Pinto

Favais de Monsaraz


Quem se recorda dos imensos favais á volta de Monsaraz.? Grande parte das pequenas parcelas de terreno encostado ás muralhas a que se chamava e ainda hoje se chama currais eram semeados de favas. Não tenho qualquer formação na área da agricultura, mas seguramente que para isso contribuiriam vários fatores, o primeiro e mais importante o facto de Monsaraz ter vida própria, havia imensa gente e grande parte de essa gente proprietária de pequeninas parcelas de terra junto ás muralhas (currais), por outro lado as médias de pluviosidade eram muito maiores e sendo os terrenos de acentuada inclinação permitia uma ótima drenagem o que na prática significava estar sempre húmido sem encharcar, criando assim ótimas condições para o desenvolvimento dos favais, também não podemos esquecer o enriquecimento dos solos com matéria orgânica, muitas eram as famílias que tinham um burrinho, e todo o estrume produzido ia para o curral. Ainda não há muitos anos que me recordo de ver o curral do Anastácio com um faval de meter inveja. Outros tempos outo Monsaraz que seguramente deixou uma enorme saudade a muitos de nós.
Já agora e em tom de brincadeira, oferece-se uma açorda de favas a quem adivinhar onde está o faval da foto. Garantimos que é atual.


CELGAS SELVAGENS.


A Acelga ou Celga como se diz no Alentejo, cujo nome botânico é Beta Vulgaris var, é uma hortaliça nativa do Mediterrâneo e da costa Atlântica da Europa. Pertence a uma subespécie da família Amaranthaceae da qual estão incluídas mais de 2000 espécies. Muito apreciada por ser altamente nutritiva e por conter propriedades medicinais benéficas para a saúde. É um alimento muito nutritivo de baixa caloria, com uma quantidade extraordinária de Vitamina K, como também contem vitamina A e C, rica em sódio, magnésio, potássio e ferro. Porém em todas as partes da acelga contêm ácido oxálico que quando consumido em excesso pode prejudicar a absorção de cálcio pelos ossos. Uma forma de reduzir este ácido é fervendo a hortaliça. Na Turquia, a acelga é uma das ervas mais utilizada pelos diabéticos pelo facto de ajudar na redução da glicose no sangue. Muito conhecida e abundante em quase todo o Alentejo, Monsaraz incluído, onde desempenha importante papel na gastronomia local. QUEM NÃO GOSTA DE UMAS SOPINHAS DE FEIJÃO COM CELGAS.
Fonte, internet com algumas modificações


Poejos

O Poejo de seu nome cientifico Mentha Pulegium é um ótimo digestivo natural, combate a falta de apetite e com propriedades anti-helminticas (contra os parasitas intestinais echinococcus granulosos). Muito usado como tempero nalgumas regiões do país principalmente no Alentejo, contém diversos princípios ativos, nomeadamente, óleo essencial com pulgona, mentol, pineno ou limoneno com ação antiviral, antibiótica, estimulante do sistema imunitário. Os taninos e ácidos fenólicos presentes nesta planta tem ação antioxidante. Muito abundante em quase todo o Alentejo, Monsaraz incluído onde desempenha um papal importantíssimo na gastronomia local, cujas utilizações vão desde a célebre açorda de alho passando pela açorda de peixe do rio e o não menos célebre calducho, sendo ainda utilizado para o fabrico de licores. Fora de época também se utiliza seco para aromatizar inúmeras receitas. 
"Texto e foto. Isidro Pinto"

Amendoeira a começar a florir




ESPARGOS SILVESTRES
É uma planta perene também conhecida por esparragueira, esparragos, corruda-menor, ou espargo silvestre menor. Pode-se encontrar em caminhos espontaneamente, em solos secos e com bastante exposição solar especialmente junto a pedras, muros, e junto a arbustos ou árvores especialmente oliveiras. Usa-se desde tempos remotos como verdura e para medicina devido ao seu sabor delicado e às suas propriedades diuréticas. Há registos na história acerca de iguarias com espargos, tais como o imperador Romano Octávio Augusto e o naturalista também Romano Plínio que chamava aos espargos “a verdura de Deus “. O espargo é baixo em calorias, não contem gorduras nem colesterol, é muito baixo em sal e é uma fonte rica em ácido fólico, potássio e fibra natural. Particularmente abundante em toda a envolvência de Monsaraz e muito apreciado na gastronomia local.
"Texto e foto. Isidro Pinto"







Margaça-de-inverno (Chamaemelum fuscatum)

MARGAÇA Do mesmo significado de macela. é o nome popular de uma planta da família das Asteráceas (ex-Compostas) originária da região medi-terrânea. É uma planta herbácea,com caules geralmente ramificados na parte inferior, com 5 a 40 cm de altura, que produz flores com caules longos, de coloração branca, solitárias. Esta planta cresce por todo o Alentejo.


 Planta herbácea que serve como alimento para os cavalos e outros animais.


 Chaparro em flor
Ciclos da natureza, o tão caracteristo chaparro já em flor.


AS URTIGAS





 Algumas curiosidades Nas caminhadas pelo nosso concelho, deparamo-nos muitas vezes com plantas que nos atraem pela sua beleza e odor, como o alecrim ou o rosmaninho, ou pela inversa nos repelem porque picam, como a silva, o cardo e a vulgar urtiga. Pois saibam que quase todas têm aplicações medicinais e /ou servem para a alimentação, como o funcho. Vamos hoje brevemente falar sobre as propriedades e utilizações da urtiga, ou ortigão, da espécie dioica, a mais frequente entre nós. Urtiga- Maior – Urtica dioica L. – Família Urticácea Utilização Toda a planta Habitat e localização: Climas temperados, lugares geralmente sombrios, Não gosta de sol. Aplicações – Contém vitaminas A, B1, C, K, ácido fórmico, silício, potássio, ferro, tanino e clorofila. Aplica-se na anemia, diabetes, diarreia, depuração do sangue, diarreias e hemorragias.
Amplamente utilizada na alimentação dos perus e galinhas, devidamente misturadas com água fervente e farelos de trigo, como nos fala mestre José Salgueiro no seu livro Ervas, Usos e Saberes.
Atualmente, utilizam-se em saladas, cruas, misturadas com outras plantas, mas atenção, terão de ser colhidas de véspera e deixadas ao ar para os pelos murcharem. Nos casos de doenças de pele, picadas de inseto e urticária, as lavagens diárias com água de urtiga apresentam bons resultados. Maneira de usar: 30g de urtigas para 1l de água Ferver 1 minuto Deixar 10 minutos de infusão Tomar 3 vezes por dia, fora das refeições.


" Enviado por Maria Vitória Duarte"





AS SILVAS QUE PRODUZEM A AMORA-SILVESTRE


De nome científico Rubus é um género botânico pertencente à família Rosáceas. Dentro deste género podem encontrar-se espécies como a Framboesa - Rubus idaeus, e as silvas que produzem a Amora-silvestre - Rubus fruticosus. Com a sua Floração entre junho e agosto (retirado da Wikipédia)

"Autor  fotos Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar



ATABUA

Juntamente com o BUINHO a ATABUA cresce junto às ribeiras, sendo utilizada para fazer assentos para as cadeiras tradicionais, esteiras, cestos, etc.... A ATABUA pode ainda ser utilizada como planta ornamental.


 


BUINHO





ROSMANINHO



O Rosmaninho para além de ser uma planta muito resistente, não requer solos ricos pois adapta-se bem aos solos pouco férteis, é uma planta aromática já utilizada para fins culinários, bem como medicinais 


ALECRIM



Alecrim é uma planta aromática comum nos países mediterrâneos, devido ao seu aroma os Romanos chamavam-lhe Rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar, pode ser utilizada para fins medicinais, terapêuticos, aromáticos e culinários. Este em particular está junto à igreja de S. Bento



Muito abundante em toda a envolvência de Monsaraz o Funcho devido às suas propriedades tem uma infindável lista de benefícios. Destacando-se entre elas: Alivia a dor de estomago. Combate transtornos digestivos, combate a bronquite e a gripe, alivia os vômitos, desintoxica o fígado e vejam só diminui o apetite ajudando a emagrecer. Apesar de todos estes atributos recolhidos na net curiosamente que eu me lembre não tem grande utilização pelas nossas gentes


GIESTA



A giesta era muito utilizada para fazer vassouras 




ESTEVA



Cistus Canadifer é uma espécie de planta com flores da família Cistáceas, os seus nomes comuns são Esteva, Xara ou cerguaço entre outros. Independentemente de todos os nomes científicos que possa ter ela foi durante muitos anos a Lenha dos Pobres. Não vão muito longe os anos em que era frequente ver nas nossas aldeias nos quintais ou quando estes não existiam na própria rua junto às habitações pequenas medas de fechinas (molhos ou atados) de esteva. Hoje olhamos para a esteva como uma infestante dos solos pobres, tempos houve em que ela desempenhou um papel importante na estrutura sócio económica das zonas rurais, alimentava o lume de chão de muitas casas, ainda me recordo que em anos de Invernos rigorosos quando o trabalho escasseava alguns homens se dedicavam a arrancar esteva para vender para os fornos das padarias e para os fornos das olarias de S. Pedro do Corval.



CERGUAÇO 


Embora da mesma familia da esteva é uma planta mais densa e mais rasteira crescendo desordenada, de folhagem um pouco diferente






TOJO COMUM





O Tojo é uma planta pertencente ao género botânico Ulex . São plantas típicas da flora atlântica da Península Ibérica e muito comum nos nossos campos nomeadamente nos terrenos menos férteis. Eu chamar lhe ia as acendalhas de antigamente quem não se lembra de acender o lume com tojos e do seu crepitar característico, era também muito utilizado para musgar o porco no dia da matança. Penso que no norte de Portugal é muito utilizado para a cama dos animais (nomeadamente gado vacum) no Alentejo que eu me recorde nunca teve essas funções.





TOJO GATUNHO OU TOJO GATUM




Tojo Gatunho ou Tojo Gatum como lhe chamamos, é um sub-arbusto muito ramificado que raramente excede meio metro de altura, pertencentes ao género botânico Ulex densus - Tojo-gatunho,e que se apresenta sob a forma de uma moita densa. É um endemismo Português que ocorre apenas no Centro Oeste do território e a Sul da Serra da Arrábida em terrenos secos e calcários, floresce de Fevereiro a Novembro. É UMA ESPÉCIE DE INTERESSE COMUNITÁRIO DIRECTIVA HABITATS 92/43 CEE -ANEXO V . Na nossa zona existe com abundância na Serra da Barrada 


                                            



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