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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

LENDA DO ARCO DA GUIA


O ARCO DA GUIA 






Pequena lenda que têm passado entre nós de geração em geração. A meio caminho entre o Convento da Orada e o Ferragudo ergue-se este pitoresco arco . Segundo reza a lenda, depois de uma mal sucedida investida dos Castelhanos sobre Monsaraz e quando estes retiravam já em debandada vinha o Condestável D. Nuno Alvares Pereira no seu encalço, tendo-lhe momentaneamente perdido o rasto, quando chegado a este ponto encontrou um pastor a quem perguntou . Dizei-me pastor se visteis por aqui homens de Castela ? saiba meu ilustre cavaleiro que passaram por aqui na direção do porto de Cheles rumo a Castela, respondeu o pastor. Mandou o Condestável aos seus homens que seguissem nessa direção e ordenou que de imediato se desse inicio naquele local à construção de um arco dedicado a Nossa Senhora da Guia . Dessa época ou posterior foi também aproveitado pelos Frades do Convento da Orada para completar o sistema de aqueduto que levava a água do Passos Novos ao Convento  conforme ainda hoje é visível nas fotos.

"Autor texto e fotos Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar




sábado, 28 de setembro de 2019

LENDAS DE MONSARAZ - OS DOTES DAS RAPARIGAS ORFÃS


LENDA DOS DOTES DAS RAPARIGAS ORFÃS DO TERMO (CONCELHO) DE MONSARAZ

História, lendas e tradições da Villa de Monsaraz


A lenda dos dotes de casamento das raparigas orfãs do termo (Concelho) de Monsaraz

Manoel Gonçalves, abastado lavrador do termo (Concelho) de Monsaraz era dono de várias herdades, hortas e Moinhos no rio Guadiana, casado com Josefa Maria Coelho, um rico homem senhor de grande fortuna, mas vivia amargurado por não ter descendentes!

O lavrador Manoel Gonçalves era devoto de Nossa Senhora da Orada, à qual, desde o momento em que começou a tardar o nascimento de filhos, pediu auxilio, prometendo entregar-lhe desde, cereais, gado e dinheiro, se o seu pedido fosse atendido!

O lavrador tinha tudo, menos o que mais queria, filhos, todos os bons negócios lhe vinham ter à mão, no dia 07 de Novembro de 1580, vendeu a herdade do Monte Novo e a horta das Fontainhas, por valores nunca vistos em Monsaraz, ficando, ainda  com outras herdades e Moinhos, mas pensava: - para que lhe serviam, se não tinha filhos para deixar a sua fortuna! 

Os anos passavam, ele estava cada vez mais rico,  mas quanto a filhos, nada de novo, a sua mulher tomava mesinhas indicadas pelo melhor físico (médico) mestre Ambrósio da Villa de Monsaraz e, de todas as bruxas da região que, lhe faziam promessas e levavam muito dinheiro, mas os resultados eram nulos! À medida que os anos passavam o lavrador aumentava o valor das suas promessas a Nossa Senhora da Orada, mas a esperança estava quase perdida, devido à idade da ti Josefa Maria, então o lavrador, talvez em desespero,  fez a última promessa a Nossa Senhora da Orada!

A ti Josefa Maria, aproximava-se dos cinquenta anos de idade, do limite possível, para poder ter filhos, quando, um dia  começou com enjoos e todos os sintomas  de gravidez, mas nem ela, nem o lavrador já acreditavam que isso fosse possível, porém, foi mesmo possível, tomaram todo o cuidado, seguiram todas as indicações do físico  e, ao fim de nove meses, no dia 15 de Janeiro de 1587, nasceu uma linda menina, a quem foi dado o nome de Maria, em homenagem a Santa Maria, mãe de Jesus!

A Maria era tratada com todo o cuidado e apresentava muita saúde e desenvolvimento no dia a dia, até que, já passados três meses do seu nascimento, estava na altura de acertar as contas com Nossa Senhora da Orada, então a ti Josefa, um dia, disse ao lavrador:

 Ti Josefa: Oh Manoel, não podemos negar que o nascimento da nossa filha foi um milagre de Nossa Senhora da Orada! Por isso, queria dizer-te que fiz uma promessa de uma oferenda e quero cumpri-la assim que tu puderes!

O lavrador ficou apreensivo, não fosse a mesma oferenda da promessa que ele tinha feito a Nossa Senhora da Orada!

Lavrador: Oh mulher, eu não tenho nenhuma dúvida que foi um milagre de Nossa Senhora da Orada, por isso, se a tua promessa depende de mim, vamos pagá-la assim que tu quiseres!

Ti Josefa: Sim, homem, depende de ti, tens de escolher uma bezerra desmamada, aqui da nossa vacada, vendê-la, ou tens que ver quanto vale e damos o dinheiro para a Igreja de Nossa Senhora da Orada! É essa a minha promessa, além de acender lá umas velas e outras oferendas!

Lavrador: Oh mulher, fizeste muito bem, mas a bezerra da tua promessa não pode ser desta vacada, mas deixa lá, vem lá da outra!

Ti Josefa: Está bem, Manoel, desta ou da outra é igual, mas temos aqui tantas bezerras, porque é que não pode ser desta?

Lavrador: Não pode ser desta vacada, porque ela não é nossa!

Ti Josefa: Ai valha-me Deus, então se a vacada não é nossa, de quem é homem?

Lavrador: Oh mulher, a vacada não é nossa, porque é de Nossa Senhora da Orada! Foi essa a minha promessa se tivesse um filho ou filha, como tivemos, temos de a pagar!

A ti Josefa foi apanhada de surpresa, ficou um pouco apreensiva, depois lá reagiu!

Ti Josefa: Fizeste muito bem homem! A nossa filha não é comparável a nenhuma vacada e, se não fosse este milagre de Nossa Senhora, não tinhamos a nossa filha! Sim, vamos entregar a vacada à dona!

A conversa continuou, o lavrador explicou à mulher, qual era a sua ideia, ia nesse dia, falar com o Prior de Monsaraz, contar-lhe tudo sobre a promessa, pedir-lhe autorização para a entrega da vacada e saber que papelada tinha de assinar!

O Prior ouviu o lavrador, começou por ficar muito surpreendido, mas perante a situação e a sua devoção, concordou com tudo, somente lhe pediu para lhe dar um dia ou dois, a fim de dar a notícia ao padre da Ermida de Nossa Senhora da Orada e, para ele, Prior, tratar dos documentos da escritura que seria feita pelo Tabelião do Cartório de Monsaraz!

Depois do Prior tratar da respetiva papelada, pediu ao sacristão para informar o lavrador Manoel Gonçalves, que a escritura estava pronta a assinar!

O lavrador, o Prior e o padre da Ermida de Nossa Senhora da Orada, dirigiram-se ao escritório do Tabelião que, leu a escritura em voz alta, onde constava a vontade do lavrador que era a seguinte:

"Saibam quem este Instrumento de escritua virem que, sendo no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e oitenta e sete annos sendo aos onze dias do mês de Abril do ditto anno, o lavrador Manoel Gonçalves, entrega a sua vacada a Nossa Senhora da Orada, sendo a sua vontade que, metade do produto da sua venda, seja para remodelação da Ermida de Nossa Senhora da Orada e, a outra metade para ser dada a escritura de juro e o seu produto será usado na constituição de dotes de casamento das raparigas orfãs do termo (Concelho) de Monsaraz, desde que, as mesmas o peçam! O dote será o correspondente ao valor de uma vaca, no momento do respetivo casamento! O Tabelião, nominado e asignado ".

Nada se escreveu sobre o eventual retorno do dote, ou de parte dele, se a mulher viesse a falecer num determinado período de tempo, após o casamento, pelo que, se isso viesse a acontecer o marido não tinha de fazer nenhuma devolução do valor que a esposa tinha recebido!

Após tudo tratado, venderam a vacada, o lavrador comprou muitas vacas, pelo preço justo e, tudo seguiu em conformidade com o que constava no contrato escritura!

Nos finais da década de 1590, a Ermida de Nossa Senhora da Orada sofreu profundas alterações, sendo criada a Comenda de S. Tiago, por vontade do Duque de Bragança! 

Os dotes das raparigas orfãs do termo (Concelho) de Monsaraz foram, imediatamente constituídos e, durante 83 anos, até 1670, tudo decorreu normalmente, porém, em 1670 a Igreja de Nossa Senhora da Orada foi entregue à Ordem dos Eremitas Descalços de Santo Agostinho que, no ano de 1700 fundou o Convento de Nossa Senhora da Orada, demolindo a referida Igreja!

Assim, em 1670, o negociador da edificação do Convento, Fr. Manuel da Conceição, deparou-se com mais essa situação, a da atribuição dos dotes às raparigas orfãs do termo de Monsaraz!

Depois de não se encontrar outra entidade que pudesse assumir essa obrigação, uma vez que, a Santa Casa da Misericórdia de Monsaraz estava com problemas financeiros e de administração, não houve outro remédio, senão, o Convento de Nossa Senhora da Orada ficar com essa obrigação! Por isso, a partir de 1670, os dotes das raparigas orfãs, passaram a ser da responsabilidade deste Convento, até ao ano de 1820, quando, o mesmo, foi inserido no Convento da mesma Ordem em Portalegre, continuando o dote a ser assegurado pela Câmara de Monsaraz e, depois pela de Reguengos de Monsaraz até meados da centúria de 1900!

Bem Haja, lavrador ou vaqueiro, Manoel Gonçalves, de Monsaraz!

Após alguma investigação, é esta a nossa versão da lenda dos dotes dos casamentos das raparigas orfãs do termo (Concelho) de Monsaraz!

É verdade que, existem contradições, principalmente quanto a datas e instituições envolvidas!

É verdade que, lendas são lendas e, ao longo de gerações podem perder parte, ou ganhar aditivos, mas a essência é sempre a mesma.

Fim

"Autor da Lenda  Correia Manuel dos Amigos de Capelins" para Monsaraz a Caminhar


Convento de Nossa Senhora da Orada, Ferragudo . Monsaraz

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

AS NOSSAS GENTES "TI ZÉ FERREIRA"


TI ZÉ FERREIRA

Hoje falamos de mais um dos nossos. Alguém que por ser meu tio, me deixou muitas saudades. O NOSSO "TI ZÉ FERREIRA". O "TI ZÉ FERREIRA", anos a fio, enquanto empregado da Junta de Freguesia, percorria as ruas da nossa vila a pé, com um carro que comportava dois contentores de lixo e material para limpeza. Nunca Monsaraz andou tão limpa como naquela altura.
Bastantes vezes, era eu gaiato, ia com ele ao boinho. Era artista a fazer e arranjar cadeiras com assento em boinho. Na Festa de Monsaraz, era ele que fazia o Leilão de Fogaças ao Senhor dos Passos. O leilão era feito sempre no Domingo de manhã no Adro da Igreja. Juntava sempre muita gente. Cada um oferecia o que podia e ali era leiloado. O "TI ZÉ FERREIRA" era uma pessoa castiça. Quando o encontravam a dormir sentado numa cadeira, é lhe perguntavam: "Então Ti Zé tá a dormir?". Ele logo respondia: "Não, tou só a passar pelos olhos" 😂. Quase todos os dias, garreava (discutia) com o sobrinho "Panchicha" por causa do burro.
Ninguém lhe podia falar mal do Joaquim Bastinhas, zangava-se logo. E se o Bastinhas fizesse parte do cartel, da tradicional tourada de 15 de Agosto em Reguengos, então aí era presença certa. Enfim gente da nossa gente. Vai-se a pessoa, fica a memória eterna. Um símbolo de Monsaraz, que todos os Montesarenses adoravam e que deixou bastantes saudades. O "TI ZÉ FERREIRA"...


"Autor do texto Francisco Pereira sobrinho do Ti Zé Ferreira"




AS PERIPÉCIAS DAS NOSSAS FESTAS

AS PERIPÉCIAS DAS NOSSAS FESTAS 



Mais um ano das nossas festas e este ano contra a vontade de todos mas sem culpa de ninguém, com algo de inédito, já que por imposição legal não tivemos fogo de artifício. Como lembrar peripécias é escrever a história da nossa comunidade, não sei se alguém se lembra, mas por volta do ano 1980/81 e sendo festeiros eu Isidro Pinto, o nosso amigo António Morais (Bunda), o Tonhico do Ti Morais, o José Figueiredo e outros mais que agora não me recordo, também não tivemos o tradicional fogo de artifício de Sábado à noite . Como era habitual tinha-mos comprado o fogo de artifício a uma empresa do norte do país que uns dias antes nos tinha feito a entrega dos foguetes, tendo ficado acordado que mais próximo da festa, o mais tardar sexta ou sábado de festa nos entregaria as rodas de fogo e os foguetes de lágrimas . As festas foram decorrendo com normalidade até à noite do fogo, terminada a tourada e todos nos ia-mos perguntando se o homem do fogo já tinha chegado, algo nos começava a preocupar seriamente e o nervosismo entre os festeiros era já evidente . À data os telemóveis eram inexistentes e o único contacto era o da casa do fogueteiro, de onde sempre nos garantiam que ele tinha saído bem cedinho rumo a Monsaraz, fizeram-se 10 fizeram-se 11e de fogo nada, terminado o concerto da banda e com o aproximar da meia noite depressa nos demos conta que estávamos metidos num grande sarilho, como iria-mos explicar àquele largo a abarrotar de gente que não havia fogo de artifício, não me recordo se tirámos á sorte mas se a memória não me atraiçoa acho que coube ao José Figueiredo a tarefa de subir à janela dos sermões e explicar debaixo de uma enorme vaia de assobios que não havia fogo preso . Temos um povo pacífico mas por pouco não fomos atados ao Pelourinho para castigo. Seria talvez entre as duas e três da manhã quando a camioneta do fogo entra em Monsaraz derrubando beirais de alguns telhados e com o condutor a cair de bêbado, o resultado não se fez esperar e mal chegou ao largo da igreja já tinha o Bunda pendurado dos colarinhos, como era evidente já não o deixamos descarregar e tão pouco lhe foi pago os foguetes anteriormente entregues . Parabéns comissão 2019 pelo excelente trabalho e por mais um ano de festa . Não fiquem tristes porque afinal não foi o primeiro ano que não tivemos fogo .

"Autor do texto Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

AS NOSSAS GENTES - O RABOLISTA E OS FOGUETES DA FESTA



O RABOLISTA E OS FOGUETES DA FESTA DO SR. JESUS DOS PASSOS


Hoje vamos recordar aqui através desta pequena estória mais um Montesarense, que deixou em todos nós imensa saudade o Ti Morais, bom homem, que apesar dos muitos gélidos Invernos e abrasadores Verões passados nas herdades do Xerez, Fonte Frades e Vaquinha foi para todos nós um exemplo de longevidade, faleceu com noventa anos, deixando á uns anos atrás Monsaraz mais pobre. Estimado por todos e de personalidade tão peculiar que ainda hoje se faz alusão a algumas expressões tão características do Ti Morais. Quando atingida a idade de reforma e abandonados os montes onde passara toda a sua vida, trouxe consigo para Monsaraz o fiel e inseparável companheiro Rabolista, cão de gado, de porte médio, pelagem cinzento-escuro, raça indefinida, mas a fazer lembrar um cão de fila. Habituado á vastidão das planícies Alentejanas onde os únicos ruídos era os chocalhos das vacas, ou algum assobio mais estridente do seu dono, teve o pobre bicho alguma dificuldade de adaptação á vida de vila, principalmente no período das festas anuais, onde desaparecia sempre por um período de quatro ou cinco dias, só regressando no final das mesmas, quase todos os cães tem medo dos foguetes mas o Rabolista não tinha medo, o Rabolista entrava completamente em pânico. As festas de Monsaraz são sempre no segundo Domingo de Setembro e é sempre na quinta-feira que antecede esse Domingo que chega o fogo de artificio e se veste o Sr. dos Passos, tradições que se cumprem á seculos, nesse ano nessa quinta-feira estava o Ti Morais e alguns Montesarenses mais, sentados na muralha ao fresco, á Porta da Vila, não sendo ainda dia de festa estava o Rabolista completamente distraído dormitando junto aos pés do seu dono. Era um fim de tarde quase noite e no ar já se respirava festa, quando passa por eles a camioneta que transportava o fogo, alguém de entre o grupo e porque era conhecido o pânico do Rabolista aos foguetes exclamou, Uiii!!! Se o Rabolista soubesse o que ai vai não estava a dormir tão descansado!!! Já tiraram o sossego ao pobre animal, acrescentava outro também ele conhecedor daquele ponto fraco do Rabolista. Ò Rapazes se vocês vissem este cão agarrado ao rabo de uma vaca nem acreditavam, não havia vaca ou touro que lhe metesse medo, na vacada da herdade da vaquinha havia lá um toro Salamanquino que o gajo era velhaco, o moiral que estava lá antes de eu para lá ir que era o Chico da Amieira, chegou a dormir encima dos chaparros com medo do bicho, o gajo de noite procurava a cama do moiral - ó Ti Morais não me diga que também dormia encima dos Chaparros? Perguntava um dos mais novos de entre os presentes, olha rapaz não dormia, porque eu tinha o Rabolista capaz de enfrentar o touro até às ultimas consequências para me defender, isto era um cão valente, dizia o Ti Morais tentando salvar a honra do seu fiel amigo, bha… tão valente tão valente que assim que deitarem um foguete nunca mais miguem o vê, dizia outro dos presentes, lá isso é verdade, dizia o Ti Morais só agora desde que veio para Monsaraz é que ficou meio mariquinhas e até dos foguetes tem medo concluía, é lá Ti Morais o vir para Monsaraz não faz ninguém mariquinhas, dizia um que também tinha chegado á uns anos atrás á vila, bem não sejam maldosos que vocês sabem o que quis dizer dizia o Ti Morais. Tradições são tradições e aqui era e continua a ser, sempre que descarregado e arrumado o fogo de artificio, lançado um foguete que todos os Montesarenses sabiam significava precisamente isso, que havia chegado o fogo e que as festas estavam aí, só o Rabolista foi apanhado completamente de surpresa, e que foi de tal ordem QUE, IGNORANDO COMPLETAMENTE O QUE ESTARIA NO VAZIO DO OUTRO LADO DA MURALHA, MAS POR MUITO MAU QUE FOSSE SERIA SEGURAMENTE MELHOR QUE AQUELA COISA QUE, FAZIA SHE…..PUM….. ATIROU-SE DA MURALHA PARA BAIXO. Apesar da altura ser bastante, apareceu um dia ou dois depois do final das festas felizmente sem mazelas de maior. Obrigado Manuel, obrigado João Jacinto e obrigado Tonhico pela autorização para publicar esta pequena estória. Recordar as nossas gentes é uma forma de homenageá-los.


"Autor texto e fotos Isidro Pinto" para Monsaraz a Caminhar