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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

AS TRADIÇÕES DE ANTIGAMENTE FESTAS DA SANTA CRUZ.

 AS TRADIÇÕES DE ANTIGAMENTE 


FESTAS DA SANTA CRUZ.
ANOS 60



 AS FESTAS DA SANTA CRUZ. são conhecidas em vários locais do país emergindo sob diversas formas de manifestação, designadamente no Alentejo.
Realizadas originariamente nos primeiros dias de maio, estas Festas foram, como, aliás aconteceu com quase todo o calendário festivo e religioso, objeto de alteração da sua data, dado que as populações adaptaram a sua realização aos ritmos contemporâneos da vida urbana que permite maior disponibilidade aos fins-de-semana. 
Esta festa não conta com a participação de qualquer elemento do clero ou representante da Igreja Católica, caracterizando-se por ser uma manifestação popular organizada, gerida, ensaiada e concretizada, desde que há memória, pelas mulheres da vila.

Quando o espaço está arranjado, a vila espera por começar a ouvir o som agudo e quase estridente com que as vozes das mulheres enchem o espaço, entoando uma ladainha que se assemelha a um “pranto” e a que chamam “cântico”; as mulheres surgem organizadas em dois grupos distintos, um dos quais desce, enquanto o outro sobe, a rua principal da Vila até se encontrarem na pequena mesa preparada para o efeito. O grupo que desce rumo à encruzilhada é liderado pela Mordoma, vestida de branco e transportando nas mãos, a chamada Santa Cruz, enfeitada com ouro emprestado pelos residentes na aldeia para o efeito; o grupo que sobe para o local do encontro é liderado pela Madalena, vestida de negro e transportando nas mãos um pano com o rosto de Cristo coroado de espinhos. Cada grupo é constituído por um conjunto feminino formado por  figura feminina central, ladeada por 2 madrinhas em cuja retaguarda seguem 4 cantadeiras com pandeiretas e por um conjunto masculino constituído por 3 atiradores que caminham de cada lado do grupo. O rito integra, portanto, 26 jovens, distribuídos em 2 grupos de 13 jovens cada um (7 raparigas e 6 rapazes). 





                   


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