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domingo, 28 de fevereiro de 2021

A ROCHA DA NOIVA (A nossa história)

 A ROCHA DA NOIVA


Importa relembrar aquilo que não vem nos anais da história e que só as gentes da terra sabem. É esta  a história com que se escreve a  identidade de um povo.

Hoje vamos falar da ROCHA DA NOIVA, se recuarmos até antes dos meados do século XVIII, as aldeias, daquilo que é hoje a freguesia de Monsaraz e que à época era freguesia de São Tiago, não tinham igrejas, só a partir de 1750 se construía a igreja dos Motrinos e muito posteriormente, já na década de 60 do século passado, se construio a da Barrada e do Outeiro. Como facilmente se depreende a Vila de Monsaraz, era não só  sede administrativa, como também  religiosa. Há ainda entre nós quem se recorde perfeitamente, dos casamentos vindo das aldeias vizinhas. Monsaraz, pela orografia do terreno, sempre primou pela enorme dificuldade de acessos, a atual estrada, que hoje conhecemos também ela é obra recente, finais dos anos 50/60 do século passado. Como tal, vir casar a Monsaraz, implicava vir de carroça até ao Telheiro, e a partir de aí, o percurso era feito a pé, pela ladeira da fonte, entrando pela porta de Évora e é aí, que um pouco antes da porta, ainda hoje existe uma rocha a que todos chamamos a ROCHA DA NOIVA, era  a escassos metros da entrada da vila, e depois da íngreme subida, que a noiva e acompanhantes paravam para repor  fôlego, trocar os sapatos, ou dar os últimos retoques na maquilhagem, existindo até na própria rocha, uma pequena reentrância em forma de assento, que era onde a noiva se sentava.

É esta a história que só as gentes da terra sabem, e que nos compete deixar ás gerações vindouras.


“Texto e fotos Isidro Pinto”

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